quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Química e biologia nas artes marciais

É a qualidade física que permite um atleta a sustentar o maior tempo possível uma atividade física numa situação de débito de oxigênio. É a capacidade de realizar um trabalho de intensidade máxima ou sub-máxima com insuficiente quantidade de oxigênio, durante um período de tempo inferior a três minutos. O desenvolvimento da resistência anaeróbia em atletas de alto nível possibilita o prolongamento dos esforços máximos mantendo a velocidade e o ritmo do movimento, mesmo com o crescente débito de oxigênio, da conseqüente fadiga muscular e o aparecimento de uma solicitação mental progressiva. A melhoria da resistência anaeróbia está correlacionada aos seguintes efeitos e características nos atletas: aumento das reservas alcalinas do sangue; aumento da massa corporal; melhoria da capacidade psicológica; aperfeiçoamento dos mecanismos fisiológicos de compensação; melhores possibilidades para os atletas apresentarem variações de ritmos durante as performances.


Golpes do boxe


Golpes
·        Jab ou jabe: Golpe frontal com o punho que está a frente na guarda. Embora seja geralmente usado para afastar o oponente ou para medir a distancia, ele pode nocautear;

·        Direto: Golpe frontal com o punho que está atrás na guarda. É um golpe muito rápido e forte;

·        Cruzado (cross): Tão potente quanto o direto, porém o alvo é a lateral da cabeça do adversário. O cruzado termina seu movimento com o braço flexionado, diferentemente do direto;

·        Hook ou gancho: Desferido em movimento curvo do punho, atingindo lateralmente a cabeça ou abdome, dificultanto a defesa do oponente. Difere do cruzado pela distância que é aplicado, próximo e contornando a guarda adversária;

·        Uppercut: Golpe desferido de baixo para cima visando atingir o queixo do oponente.

A história do boxe


O Boxe foi primeiro conhecido em Creta em 1500 anos a.c e praticado na Grécia e Roma. Após esta época tem-se notícia do Boxe na Inglaterra no Sec. XVII. Nesta época as lutas de Boxe eram praticadas sem as luvas e permitiam-se golpes e chaves de luta - livre para derrubar o adversário. O último combate sem as luvas foi disputado entre americanos John L. Sullivan e Jake Kilrain, em 8 de julho de 1889 com 75 rounds, com duração de quase 3 horas e com a vitória de Sullivan. Além disso, não havia tempo pré-estabelecidos para os combates e as lutas só acabavam com a desistência de um dos competidores e mesmo depois que o adversário caísse, ainda assim, poderia ser atacado.

O boxe é tradicionalmente um tipo de luta que tem como principal característica o combate “homem a homem” utilizando-se apenas dos punhos. Por ser um meio de combate, o boxe apenas passou a integrar o calendário moderno dos Jogos Olímpicos em 1920, na Olimpíada de Antuérpia (Bélgica). O Comitê Olímpico Internacional acreditava que o boxe era uma prática que incitava a violência, fato que contrariava o ideal de fraternidade, mote estreitamente vinculado ao espírito olímpico.



Curiosidades:

Mesmo sob o domínio da Associação Mundial de Boxe, as regras não são as mesmas entre as competições amadoras e profissionais. Variam, inclusive, entre as diferentes comissões organizadoras profissionais. Um fato muito comum é o de antes de uma grande luta, as regras gerais e particulares são expostas em uma reunião entre as duas partes que entrarão em confronto. As organizadoras da luta também decidem sobre o tamanho do ringue, mas sua estrutura deve ser sempre a mesma em todas as lutas: trata-se de uma plataforma quadrada elevada com uma superfície de lona acolchoada. Em todo caso, a área máxima de um ringue deve ser de 6,10 metros quadrados.

Algumas ações são impedidas por normas gerais. São elas: golpear o adversário abaixo da cintura; chutar; atacar o adversário quando ele estiver caído; morder a orelha; atacar com a parte interna da mão, antebraço ou cotovelos; agarrar-se nas cordas de limite; agarrar o adversário em excesso.


Física no judô


Para praticar Judô ninguém precisa ser professor em física, mas para quem deseja ensinar o Judô, o conhecimento de alguns conceitos são de fundamental importância e tem que estar bem claros para continuarmos desenvolvendo com sucesso nosso trabalho.
O primeiro conceito que devemos esclarecer é o de ‘equilíbrio’, já que está presente em todo momento do
Judô como objetivo principal, desequilibrar o adversário visando à queda, entretanto, sem perder o próprio
equilíbrio.
Dizemos que um corpo está em equilíbrio quando as resultantes das forças e torques que atuam sobre ele são nulas. Então, a condição necessária para tirar um corpo do equilíbrio é desequilibrar as forças ou os
torques. No judô, isso é feito deslocando o centro de gravidade do corpo do seu oponente para fora da base.
Centro de gravidade é um ponto que concentra a massa corporal, de forma grosseira podemos dizer que é o ponto de aplicação do peso do corpo. Nas artes marciais esse ponto é chamado tandem, e fica localizado
no hara (abdômen), um pouco abaixo do umbigo, geralmente.


Ainda mais, o centro de massa do seu oponente é o centro geométrico de distribuição de massa. Pode ser
considerado como o ponto onde a força da gravidade atua. A pessoa estará estável enquanto o seu centro
estiver acima da área de apoio esboçada pelos seus pés.
Enquanto a pessoa estiver na posição vertical e ereta, o centro de massa estará aproximadamente entre sua coluna vertebral e seu umbigo. Então ele estará estável até que se consiga forçar o seu centro de massa, induzindo-o a movê-lo, tirando a base de apoio.
Interessante perceber que apesar dos pés serem a base de apoio, toda ação do judoca parte do seu  tandem, isso indica que um praticante pode ter vantagem em relação a outro de acordo com a altura do seu
centro de gravidade. A movimentação, shintai, tem que ser propícia a rápidas iniciativas mantendo sempre o trabalho sinérgico do corpo todo.

Judô


Em japonês Judô significa "caminho suave" ou "caminho da suavidade".
O judô é uma arte marcial esportiva. Foi criado no Japão, em 1882, pelo professor de Educação Física Jigoro Kano. Ao criar esta arte marcial, Kano tinha como objetivo criar uma técnica de defesa pessoal, além de desenvolver o físico, espírito e mente. Esta arte marcial chegou ao Brasil no ano de 1922, em pleno período da imigração japonesa.
O judô teve uma grande aceitação no Japão, espalhando, posteriormente, para o mundo todo, pois possui a vantagem de unir técnicas do jiu-jitsu (arte marcial japonesa) com outras artes marciais orientais.


Alimentação do atleta (biologia)

A alimentação pode influenciar positiva ou negativamente no rendimento de um atleta, e a conseqüência, neste sentido, é de não só melhorar a capacidade desportiva, mas também de proporcionar uma boa saúde ao mesmo. 
Ao ser elaborada uma dieta para um desportista, deve-se ter em conta vários fatores como: o tipo de desporto, idade, sexo, raça, clima, temperatura, altitude, condições socioeconômicas, fatores individuais, etc. 
O que leva a afirmar que não há uma dieta para um atleta de “qualquer maneira”, ou mesmo de determinado desporto, mas sim uma dieta, que deverá sempre que possível, ser individualizada e adaptada a cada situação. 
 Os princípios base para uma alimentação correta do desportista, assentam por um lado, na satisfação diária das necessidades energéticas e plásticas, através de um adequado fornecimento em calorias (energia) de hidratos de carbono, gorduras, proteínas, água, minerais e vitaminas. Por outro lado, deve haver um correto enquadramento destes alimentos em : alimento de treino, alimento de competição e alimento de recuperação. 


 Água 


 Uma boa hidratação é fundamental no desportista, não só porque o rendimento de um atleta diminui com o aumento da desidratação, mas também porque certas lesões desportivas (rupturas musculares e tendinites ) são mais freqüentes quando há desidratação. 
A quantidade de água a administrar diariamente, varia em função do trabalho muscular, temperatura, altitude e umidade ambiente, devendo no mínimo ser fornecido 1 ml por cada caloria da ração alimentar (no mínimo 3 litros/ dia: 1,5 litros como bebida e 1,5 litros incorporados nos alimentos). 
 O ideal será que o atleta nunca sinta sede, para o que será necessário ir administrando pequenas quantidades de água, quer na fase pré-competitiva, quer durante a competição. 


 Vitaminas e minerais 


 As necessidades em vitaminas e minerais estão aumentadas no desportista, especialmente no que se refere às vitaminas B1, B6, B12, e C, também chamadas vitaminas tónico-desportivas ou [b/]vitaminas do desportista. Embora uma alimentação equilibrada deva fornecer as quantidades necessárias destes nutrientes, a suplementação pode por vezes ser aconselhada. 




 Alimentação de treino 


Corresponde à alimentação de base do atleta, devendo a ração calórica, proteínas, hidratos de carbono e gorduras serem administradas nas proporções atrás referidas. A confecção dos alimentos deverá ser de modo a facilitar a sua digestão (dar preferência a cozidos e grelhados) assim como a promover um bom aproveitamento dos seus nutrientes. O atleta deverá fazer 5 a 6 refeições por dia : pequeno-almoço, meio da manhã, almoço, merenda, jantar e eventualmente ceia. As bebidas alcoólicas, se bem que não tragam qualquer benefício, podem ser consumidas nesta fase desde que moderadamente (até 250 ml de vinho ou 500 ml de cerveja/ dia). 




 Alimentação de competição 


 Incluem-se nesta rubrica a última refeição antes da competição, a alimentação de espera e a alimentação pré-competitiva. Última refeição antes da competição Deverá ser uma refeição normocalórica, equilibrada nos seus constituintes (proteínas, gorduras e hidratos de carbono) de fácil digestão (confecção à base de cozidos e grelhados, com pouca gordura e sem álcool), e que não provoque flatulência (evitar o feijão seco, o grão de bico, as favas e a batata). 




 Alimentação de recuperação 


 Deverá cobrir às 48 horas seguintes à competição, tendo por objetivo desintoxicar o organismo dos produtos do desgaste muscular e proceder à reparação das perdas do organismo provocadas pelo esforço. A metodologia proposta é a seguinte: 




  • Depois da competição - água (de preferência bicarbonatada) e leite magro.
  • Refeição a seguir à competição - deverá ser uma refeição pobre em energia, assim como em alimentos que atrasem a recuperação do atleta. Será uma refeição sem carne, peixe, pão e álcool e composta essencialmente por legumes, fruta, leite, queijo, alguma gordura, arroz ou batata e eventualmente um ovo cozido.
  • Dia seguinte à competição: neste dia o atleta deverá continuar a fazer o mesmo tipo de dieta anterior, à exceção do jantar, no qual já é permitidos o consumo de carne ou peixe e o pão.
  • 2º dia seguinte à competição: neste dia o atleta deverá fazer a recarga do organismo em termos energéticos e protéicos, devendo fazer uma ração hiper calórica e hiper protéica, onde é dada primazia à carne, ao peixe e ao pão.
  • Física no Karate

    Todas as técnicas básicas do Karatê são passadas principalmente através do Kihon, sejam os chutes, golpes e defesas, para você ser um bom karateca, você tem que fazer um Kihon bem feito, pois ele vai dar base para se fazer um Kata bem feito e se sair bem em competições de Kumite. É no Kihon que o karateca vai ganhar uma base forte e firme e também velocidade e força nos seus golpes. Através do Kihon, o karateca consegue atingir uma potência muito forte, reflexo da velocidade com que executa os golpes, somente a força muscular não permitirá que a pessoa se sobressaia nas artes marciais, o poder do Kime (finalização) resulta da concentração de força no momento de impacto, um golpe de um karateca bem treinado pode chegar a ter uma velocidade de 13 m/s e gera uma força equivalente a 700 kg. No Kihon também é treinada a movimentação em base com o movimento de quadris, essencial para um movimento bem feito. Os quadris estão localizados aproximadamente no centro do corpo humano, e o movimento deles exerce um papel crucial na execução de vários tipos de técnicas do Karatê. Além de uma fonte de potência, os quadris constituem a base de um espírito estável, de uma forma correta e da manutenção de um bom equilíbrio. “No Karatê aconselha-se frequentemente a “golpear com os quadris”, “chutar com os quadris” e a “bloquear com os quadris”“. Após o treinamento sistemático de KIHON, KATA e KUMITE, entramos numa outra parte que chamamos de impacto direto ou TREINAMENTO DE MAKIWARA. O Makiwara é uma tábua de 1,30 m de altura, por 10 cm de largura e de uns 15 mm de espessura, enrolado com palha. O treinamento das mãos deve ser metódico. Os 4 golpes que mais são treinados são: soco de frente (GYAKU ZUKI), pancada com o lado da mão fechada (TETSUI), pancada com o cutelo da mão aberta (SHUTO UCHI) e a parte posterior do soco (URAKEN). Após alguns anos de treinamento, exercitando seus golpes no KATA, KIHON e MAKIWARA, os lutadores de Karatê adquirem alta eficiência, não havendo necessidade de atingir pontos vitais, pois em qualquer parte do corpo que acertarem seus golpes, prejudicam causando terríveis lesões ou até mesmo a morte. Este é um fato que deve ser dito, pois a idéia que se tem do Karatê atual esta longe de ser o Karatê que existiu no passado. Qualquer pessoa que treine Karatê pode tornar essa arte uma arte mortal como era antigamente na China e em Okinawa. Os pés são treinados no SANDOBAKO (em Inglês: Sandbag), ou simplesmente um saco contendo areia e/ou serragem, além do SUNATAWARA, que consiste em bambus amarrados. Muitas pessoas acham que o treinamento é para se criarem calos nas mãos ou nos pés, mas não é isso. As repetições, com esforço de postura, criam grupos musculares que tornam o praticante forte nas pancadas, juntamente com seu corpo. Outro detalhe que não deve ser esquecido são os saltos que existem no Karatê, cuja finalidade pode ser de ataque ou de esquiva (fuga de algum perigo). Esses saltos são treinados com pesos nas pernas e saltitamentos. Por último existe também o treinamento PRÊNSIL, que torna as mãos fortes como alicate. Em suma, o corpo todo daquele que pratica o Karatê torna-se uma arma. Este é o Karatê na parte física.